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Entre os vários presentes e lembranças que recebi neste natal, quero partilhar aqui (lamento, só posso partilhar a imagem, não dá para partilhar uma fatia 😊) uma dupla surpresa, este queijo que me ofereceram. Surpresa pela oferta e pelo queijo em si. Não sou especialista de queijos e, portanto, não vou estar com muito detalhes descritivos, mas este queijo tem uma forma de prato achatado, “esborrachado”, mas sem rachas, devido a ser amanteigado. Lembra vagamente o queijo camembert. Sabe (soube😊, a toda a família) muito bem. Já acabou.
É um queijo da ilha do Pico, onde a produção de leite atravessou muitas dificuldades há alguns anos, com os produtores a passarem meses sem receber devido a uma cooperativa que terá falido. É um queijo diferente de uma ilha diferente, numa embalagem de aspeto original e instrutiva, que me ensinou o que são os mistérios da ilha do Pico (se não conseguirem ler a explicação na imagem terão de comprar o queijo 😊).
Nunca estive na ilha do Pico. Em junho de 2003, com a minha esposa, nas nossas primeiras férias, tivemos viagem marcada para o Pico a partir do Faial, depois de passar 3 dias em S. Miguel, mas, estando eu constipado e com febre, ficámos pelo Peter’s café na Baia da Horta e pelos restantes encantos da Ilha do Faial.
Este queijo é um excelente exemplo do que pode ser um futuro melhor para a produção de leite nos Açores e em Portugal continental: produzir diferente, com valor acrescentado; produzir mais queijo para substituir o queijo importado e para que sobre menos leite nos Açores que depois é oferecido, despejado e desvalorizado em promoções a 39 cêntimos nos supermercados de Portugal continental, o que é muito mau para todo o setor leiteiro.
#carlosnevesagricultor