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“Mais uma ajuda!” Em jeito de desabafo, um agricultor de Coimbra partilhou a imagem de parte de um campo de milho destruído pelos javalis. Os relatos sucedem-se entre os colegas agricultores, do Minho ao Alentejo.
A Anpromis, Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo, através de um inquérito aos associados, estimou prejuízos de 8 milhões de euros nos campos de milho em 2022.
O “Plano Estratégico e de Ação do Javali”, apresentado este ano pelo ICNF, reconhece que "Portugal tem uma sobrepopulação de javalis, que se estima entre 300 a 400 mil exemplares, e é preciso reduzir o número de animais para mitigar prejuízos na agricultura e a ocorrência de acidentes rodoviários.
O governo está a ponderar "aumentar os períodos de caça ao javali praticamente para todo o ano”, segundo o secretário de estado João Paulo Catarino, citado pelo jornal Observador a 30 de maio.
Enquanto a caça não chega, os agricultores vão improvisando e partilhando soluções. Bolas de naftalina e perfumes parecem ter pouco efeito. Há quem tenha bom resultado com mantilhas de cães, enquanto o cheiro fica no meio das searas. Há quem recomende cercas elétricas, com bons e maus resultados e sobretudo com a despesa que seria vedar dezenas de parcelas. No meio da última discussão que tivemos, um colega sugeriu usar "velas elétricas" , com pilha, que se usam no cemitério e duram meses. Parece que os javalis não gostam. Portanto, como costuma dizer o Padre Guilherme (o famoso Padre - DJ), "acendam velinhas". Para espantar os javalis e para iluminar o caminho a quem tem que tomar decisões para controlar esta praga.
(foto de José Carlos Manco)