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Se o Ronaldo e o Pepe fossem agricultores ainda eram jovens

por Carlos Neves, em 29.10.23

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Esta semana Pepe tornou-se o mais velho jogador de campo a atuar na Champions. Tem 40 anos. Ronaldo tem 38 e dizem que está velho, mas marcou mais uns golos lá nas Arábias. Chamar velho a um “rapaz” que tem menos 10 anos do que eu faz-me impressão. Deve ser da idade…

 

Há alguns anos (ia escrever muitos, mas isso faz-me velho), no programa “Parabéns” que tinha na RTP, Herman José, para celebrar Alfredo Marceneiro, entrevistou um neto do fadista.

- O que faz na vida?

- Sou reformado do cinema. 

- Que idade tem?

- 48.

- Se fosse agricultor ainda era jovem!

 

Herman exagerou, mas pouco. Em Portugal podemos ser “jovens agricultores” até aos 40 anos. Isto significa que podemos “instalar-nos” ou melhor, apresentar ao Ministério da Agricultura um “projeto de instalação e investimento” até ao dia anterior a completar 41 anos. Depois de muita burocracia e com a formação exigida, podemos receber um “prémio de instalação” a fundo perdido, uma majoração nas ajudas e prioridade no acesso a essas ajudas. No meu tempo (valha-me Deus, já pareço mesmo um velho a falar) eram 30.000 euros e 10% de majoração, não sei quanto é agora, mas não deve ser suficiente para o Pepe e o Ronaldo se “reformarem” do futebol.

 

Há algumas razões para este limite de “40 anos”, quando se costuma considerar 30 anos a idade limite para ser “jovem”. Isto foi um pedido à Europa dos países do Sul, porque a instalação de um jovem agricultor ocorre por sucessão, portanto é preciso esperar que o pai se reforme.

Em Portugal os agricultores costumam ser como as árvores – morrem de pé. Trabalham até não poder mais. Isto acontece por necessidade, porque as pensões de reforma são muito baixas, mas às vezes também por teimosia, por quererem continuar a mandar na empresa agrícola até não poder mais. Deixar o “poder” é difícil. Preparar essa transição é um desafio.

 

Eu instalei-me como 21 anos, tive estatuto de “jovem agricultor” até aos 26 e ter o meu pai por perto, umas vezes a aconselhar-me, outras vezes irritado por eu tomar decisões diferentes,quase sempre a ajudar-me, foi um grande desafio mas foi muito importante para chegar até aqui.

 

Só 4% dos agricultores portugueses tem menos de 40 anos. Por causa das dificuldades da instalação mas sobretudo porque os jovens não veem na agricultura uma atividade rentável. Penso que somos o país com os agricultores mais velhos da Europa. Isso é bom, é sinal que duramos muito, mas é mau porque faltam jovens. Preparar esta renovação é um desafio que temos de assumir, fazendo a nossa parte. Voltarei a este assunto, quando for mais velho. Quando alguém era “muito novo”, o meu pai dizia "isso é um defeito de que a pessoa se corrige todos os dias".

#carlosnevesagricultor

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publicado às 11:51

Uma vaca especial

por Carlos Neves, em 28.10.23

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Em conversa, há alguns dias, alguém me sugeriu a hipótese de lançar novas bebidas com leite e a propósito disso eu lembrei-me de uma velha história😀:

Num convento, a madre superiora, já muito velhinha, estava doente, acamada e deixou de se alimentar.
Numa noite em que estava pior e todas as freiras já estavam à sua volta, uma irmã levou-lhe um chá mas ela nada bebeu. No regresso à cozinha, essa irmã lembrou-se de uma bebida (não sei se era bagaço ou vinho do Porto) que o pai lavrador lhe tinha mandado, aqueceu um copo de leite, juntou a bebida e levou à doente. Deu-lhe a provar, primeiro umas gotas, depois uma colher... A doente abriu os olhos, sentou-se no leito como não fazia há muito tempo, bebeu tudo consolada e mostrou vontade de falar. As irmãs prestaram muita atenção àquelas que podiam ser as últimas palavras:
- Minhas filhas, nunca vendam esta vaca!!!😅😅😅

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publicado às 10:45

Botas d' água

por Carlos Neves, em 26.10.23

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As galochas são um acessório essencial para o trabalho diário na vacaria e o trabalho agrícola em tempo de chuva. Aqui em casa chamávamos "Botas d' água".


Descalçar e arrumar estas botas cheias de lama sem molhar as meias ou sujar o chão é uma tarefa que pode ser facilitada com o sistema que vi hoje de manhã na página Farming Uk. Fica aqui a partilha, para quem quiser fazer ou comprar igual.


Antigamente só podíamos escolher entre galochas baratas da feira ou as "Pinta Amarela", resistentes e pesadas. Um dia, em visita ao SIMA, feira agrícola de Paris, encontrei umas galochas com tecnologia inovadora, com ar dentro da borracha, que pensavam menos um kg e eram mais quentes e confortáveis. Tinham um importador para Portugal.


Fui de propósito a Águeda comprar botas e trouxe a mala cheia para mim e para alguns colegas. Mais tarde essas botas passaram a estar disponíveis no balcão da nossa cooperativa e hoje o seu uso está vulgarizado, para bem da nossa coluna e das nossas articulações.

Invistam em bom calçado e meias confortáveis. É meio caminho andado para terem saúde e boa disposição.

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publicado às 19:46

Tiro às vacas

por Carlos Neves, em 22.10.23

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Algures na década de oitenta, quando não havia redes sociais, nem Internet, nem televisões privadas, passou no canal 1 da RTP a primeira novela de que me recordo: “O bem-amado”. Não se lembram? Eu também já tinha esquecido o nome, mas bastou-me pesquisar o nome do personagem principal: “Zeca Diabo”, interpretado por Lima Duarte, mais tarde consagrado como “Sinhozinho Malta” no “Roque Santeiro”.

Ainda recordo as primeiras imagens: Dois homens carregam um defunto num enxerga. Não havia cemitério naquela pobre terra. Paulo Gracindo, o “Coronel Odorico”, candidatou-se a prefeito (presidente da câmara). “Povo de Sucupira…”, começavam assim os discursos. Prometeu construir um cemitério. Ganhou as eleições e fez o cemitério, mas ninguém morria e não o conseguia inaugurar. Desesperado, conseguiu que Zeca Diabo, um perigoso pistoleiro, voltasse à terra e foi tentando arranjar sarilhos para morrer alguém e inaugurar o cemitério, tendo a oposição da “Delegada”, mulher do Delegado que estava paralítico, de um médico com problemas de bebida e de mais gente que compunha a trama e não faz agora aqui falta para o que quero explicar.

Lembro-me desta história muitas vezes para ilustrar coisas que começam com boa intenção e depois fogem ao controlo e à intenção inicial. Por exemplo, alguém decide lançar uma bebida vegetal alternativa ao leite, porque há pessoas que são intolerantes ou alérgicas. Ou lançar uma “carne artificial”, feita em laboratório, porque lhes dizem que isso vai emitir menos carbono. Ou, muito simplesmente, porque é um investimento que vai dar dinheiro (o que é legítimo). Mas depois é preciso vender. E para vender um novo produto, ou para aumentar as vendas de um produto com pouca saída, há um truque velho que se usa na política, em todas as sociedades e até entre as crianças desde a idade escolar: puxar os outros para baixo para tentar subir. Por exemplo, dizer que o leite faz mal. Dizer que as vacas libertam carbono e, estrategicamente, esconder que a erva que elas comem, que fertilizam com os seus excrementos, que o agricultor semeou, foi quem captou esse carbono. 

Agora imaginem que quem investiu nesses novos “produtos alternativos” foram pessoas com muito dinheiro, atores e realizadores de filmes, capazes de fazer ou financiar documentários a deitar a culpa para as vacas de modo a que as pessoas troquem a carne e o leite pelas alternativas que as empresas querem vender… E pelo meio disto há uns “Zecas Diabos”, que agora não são pistoleiros mas “ativistas”, muitas vezes com até com a melhor das intenções, mas a quem deram informação deturpada para os fazerem “atirar”, (atacar, criticar) as vacas que foram domesticadas e vivem em harmonia com os humanos há 10.000 anos… Agora são as vacas, entretanto serão as galinhas para alavancar os ovos artificiais e por aí fora... 

Não quero agora aqui abrir um tiroteio contra os ativistas que, como disse, agem muitas vezes com a melhor das intenções. Quero apenas apelar ao bom senso e sentido crítico de todos, todos... em relação às mensagens que nos chegam pela comunicação social ou pelas redes sociais. Pensem nisto. 

#carlosnevesagricultor

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publicado às 12:32

Nasceu uma vitela

por Carlos Neves, em 17.10.23

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Nasceu a noite passada.

- Parece um dálmata!

Pois fica batizada Dálmata. Tem o número de casa 741 e o número oficial a terminar em 9204. Já tem brinco e está registada porque hoje era o dia de contraste (controlo) leiteiro e o Sr. Maia, contrastador, é também agente identificador. Antigamente o Sr Maia teria uma trabalheira a desenhar todas aquelas pintas (cada vaca holstein tem um desenho diferente, como se fosse impressão digital). Agora tem uma aplicação no telemóvel e tira uma foto e em pouco tempo o animal está registado na base de dados do SNIRA - Sistema Nacional de identificação e registo animal.

Esta vitela nasceu sem precisar de ajuda. 70% dos partos aqui na vacaria não precisam de ajuda. Sorte? Tive um professor que escrevia sempre no fim dos testes: "Boa sorte. A sorte sorri aos que estudam". É preciso muito trabalho para não abusar da sorte.

Antigamente os partos das vacas eram mais difíceis. Hoje, graças à inseminação artificial, ao trabalho do Sr. Maia e de muitos como ele em todo o mundo, podemos utilizar na reprodução das vacas "touros de parto fácil", isto é, cujas crias são mais pequenas ao nascer. Isso é o resultado da recolha e registo de dados para ir melhorando a raça escolhendo os melhores exemplares de geração em geração.

Além disso, na inseminação artificial podemos usar "sémen sexado", com 90% de hipótese de nascer fêmea, e as fêmeas são quase sempre mais pequenas e de parto mais fácil.

Pelo contrário, ter um touro de cobrição numa vacaria seria perigoso para vacas e para os tratadores. Se os animais estiverem em regime extensivo, sempre em pastagem, pode ser diferente e ser o esse o método mais indicado, mas para a produção de leite a inseminação artificial foi um grande avanço, que se vulgarizou talvez há 50 anos.

Lembro-me de ter quatro ou cinco anos quando veio do Porto, com o vidro do carro partido (por isso me lembro) o inseminador dos serviços oficiais num volkswagen carocha azul. Hoje os inseminadores são os produtores ou funcionários de empresas privadas ou cooperativas. Um avanço na melhoria genética dos animais, na produção, no bem-estar animal e no bem-estar dos criadores.

#carlosnevesagricultor

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publicado às 22:23

60 anos do nosso trator Fordson

por Carlos Neves, em 15.10.23

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15 de Outubro. Dia da mulher rural, dia em que terminei as sementeiras, dia em que veio chuva... Tudo motivos para celebrar, mas o que me fez ir para a cozinha fazer um bolo como não fazia há muito tempo foram os 60 anos do nosso Trator Fordson Super Dexta 45. O primeiro trator da nossa casa. Imagino a alegria que deve ter sido conseguir comprar o primeiro trator. O meu pai já tinha um motocultivador (que aparece na segunda foto, num cortejo etnográfico em Vila do Conde, a demonstrar a cultura do trigo) mas os vizinhos que ainda lavravam com bois riam-se dele.
Não sei porque escolheu esta marca, não há outro igual na nossa terra, mas venderam-se bastantes em Vila do Conde e alguns ainda trabalham.
Depois lavrou o meu pai alguns anos para fora, para outros agricultores, até porque a "casa de lavoura" era pequena. Já no meu tempo, "acartou" e calcou muita silagem (com embraiagem simples, não estou a ver funcionar com a máquina de ensilar). Em 2008, quando subiu o preço do leite, teve direito a reparação do motor e pintura pelo Sr Afonso, mecânico em Rio Mau (que penso que já o tinha reparado em 1980). Em 2009, quando o preço caiu a pique, levei o trator à manifestação na Póvoa.
Não celebramos uma máquina, celebramos a nossa história e de todos os que trabalharam e trabalham pelo desenvolvimento da agricultura.
#carlosnevesagricultor
#fordson

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publicado às 21:51

Última sementeira

por Carlos Neves, em 15.10.23

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Hoje nesta manhã de domingo, recebi um telefonema da minha esposa:
- Onde estás?
- A passar em frente à igreja.
- Foste ao pão?
- Fui semear o pão. Espera um bocadinho…

Não, não havia missa a essa hora e também não dão pão na nossa igreja (mas para quem tiver interesse, às vezes dão o pão de S. António no fim da missa da igreja de S. Donato, aos domingos às 16, no antigo convento franciscano da Azurara).
O que se passa é que costumo ir buscar pão ao domingo de manhã e há uma padaria em frente à igreja de Árvore.
Mas hoje, em vez de ir ao pão, despachei a alimentação das vacas e dos vitelos, pedi aos meus primos um bocado de semente como quem pede um raminho de salsa à vizinha e fui semear o cabeceira da ultima sementeira de erva deste ano.
Semeei debaixo das primeiras gotas de chuva e dos últimos kg de pó. Agora "Deus ponha a virtude porque eu já fiz o que pude".
Costuma dizer-se por aqui que "os lavradores tem os bens ao luar", pensando nas bouças que podem arder ou ser roubada alguma madeira, mas também as nossas sementeiras estão dependentes do tempo. O ano passado começou a chover a 16 de Outubro e só parou em Fevereiro. Houve terrenos que não consegui semear ou semeei tarde e a produzir pouco. Este ano preveni-me e andei mais cedo, mas também estou a arriscar. Em Ponte de Lima ou mesmo aqui noutras freguesias de Vila do Conde, como Arcos, já houve enxurradas a destruir sementeiras. Não há como fugir, o risco faz parte da nossa atividade, mesmo que a gente use "cinto e suspensórios". S. Pedro, manda lá a chuva de mansinho, se faz favor!
#carlosnevesagricultor

 

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publicado às 12:42

As castanhas da Bouça Aberta

por Carlos Neves, em 14.10.23

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Tinha previsto semear este campo, a "Bouça Aberta" , apenas no fim do mês, mas este sábado de sol e a previsão de 10 dias com muita chuva fizeram-me antecipar os planos. Ao chegar ao campo, percebi que precisava de mais uma passagem de grade antes da sementeira. Liguei ao Hugo para vir ao campo fazer esse trabalho e, enquanto esperava, recuei quase 40 anos e fiz o que fazia enquanto esperava pelo meu pai com o reboque cheio de silagem: fui apanhar castanhas. Os castanheiros da bordadura dos campos já não são os mesmos, porque alguns secaram e outros foram cortados porque davam mais prejuízo com a sombra sobre o milho do que vantagem com as poucas castanhas que nos tocavam, mas, entretanto, das cepas dos velhos castanheiros, das castanhas que caíram e de alguns que plantei, há novos castanheiros e novas castanhas que havemos de assar e comer amanhã, depois de terminadas as sementeiras. A vida renova-se e continua.

#carlosnevesagricultor

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publicado às 07:36

Sentir agricultura

por Carlos Neves, em 13.10.23

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A Luísa Maia pediu-me opinião sobre a visita de Luís Montenegro a Vila do Conde no âmbito da iniciativa "Sentir Portugal". Como podem adivinhar, sugeri a visita a uma vacaria. A minha sugestão foi aceite pelo PSD a nível local e nacional mas não foi possível concretizar no local que sugeri. Tocou-me a mim e foi com muito gosto que aceitei o desafio de receber a comitiva com o presidente do PSD, os deputados Paulo Ramalho, Afonso Oliveira, Sofia Matos e Andreia Neto bem como  outros responsáveis a nível local e nacional.
Pude mostrar e falar da nossa agricultura e da forma com cultivamos os campos e criamos os animais para produzir alimentos.
Em Vila do Conde produzimos cerca de 200 milhões de litros de leite por ano, o que é mais de 10% da produção nacional.
A agricultura não é importante apenas pela produção de alimentos, ocupação do território, modelação da paisagem ou proteção de incêndios (onde há vacas há menos incêndios). É a atividade económica motor do meio rural e muita gente trabalha antes dos agricultores. Por exemplo, estive a fazer contas e aqui em Vila do Conde temos cerca de 100 pessoas a trabalhar nas empresas que vendem e são assistência aos tratores e máquinas agrícolas. É toda essa economia que depende do preço do leite e das ajudas que a Europa dá para compensar os agricultores pela perda de rendimentos.
A comunicação social presente destacou os assuntos que estão na ordem do dia deixando a agricultura para segundo plano, mas um texto da agência Lusa reproduzido em vários meios referiu:
"Numa das mais importantes bacias leiteiras do país, o dirigente do Partido Social Democrata reiterou críticas ao governo, nomeadamente à ministra da agricultura, que acusou de estar “de costas voltadas” para o setor.
“A agricultura tem sido um parente pobre da política deste governo. Temos uma ministra que vive de costas voltadas para os agricultores, e ninguém no setor consegue ter um diálogo permanente com ela. Há grandes constrangimentos, excessos de burocracia e atrasos nos pagamentos dos apoios”, afirmou.
O presidente dos social-democratas lembrou que a “pandemia e as guerras trouxeram um aumento dos preços dos fatores de produção”, afirmando que o setor “necessita de políticas públicas que lhe dê sustentabilidade”.
“Apesar de todos estes problemas, fico satisfeito termos agricultores que tentam contrariar estas dificuldade. É um muito importante para a nossa economia, tanto na criação de riqueza, como na ocupação do territorial e na contribuição para nossa soberania alimentar”, concluiu Luís Montenegro.“
Obrigado a todos os que proporcionaram esta oportunidade de comunicar agricultura e a quem ajudou a preparar esta visita em tempo de sementeiras, em particular à minha esposa Carina.
#carlosnevesagricultor 
(fotos de Carina Ribeiro, Júlio Gonçalves, PSD Vila do Conde (Inês Silva) e PSD Nacional) 

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publicado às 22:58


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