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Na Igreja, na agricultura e na vida há coisas que só conseguimos em grupo

por Carlos Neves, em 29.09.23

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A foto da alegria do Lourenço, em cadeira de rodas, a ser levantado pelos amigos para ver o Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude tornou-se viral e fica na memória desta JMJ. Vemos um jovem feliz porque os outros jovens à sua volta, seguindo o lema “Maria levantou-se apressadamente e partiu” (para cuidar de Isabel), também se levantaram, não para registar o papa no seu telemóvel, mas para erguer Lourenço. Um exemplo de alegria de viver, da alegria de servir, daquilo que nós devíamos ser e gostávamos de ser todos os dias.

Eu cresci no seio de uma família religiosa, mas durante a infância, para além da catequese a minha fé era vivida através da reza diária do terço em família depois do jantar, “botado” pela avó Esperança, e pela ida à missa de domingo, na igreja matriz de Vila do Conde ou na “Igreja do Barco” (Senhor dos Navegantes) nas Caxinas. Antigamente, muito lá para trás, os lavradores iam à primeira missa da manhã na sua paróquia. Porém, nas últimas décadas, aqui na zona, com a produção de leite, surgiu a rotina de levantar, fazer a ordenha, “arrumam o gado” e só depois tomar o pequeno-almoço e ao fim da manhã ir à missa. Além dessa dificuldade, havia outra que levava a minha família a ir a missas fora da paróquia. O padre, já idoso, tinha mau relacionamento com a minha família porque tinha medo de que o meu tio Padre Carlos, missionário comboniano em África, voltasse para padre diocesano e lhe tirasse o lugar, não o deixava celebrar missa aqui na terra quando vinha de férias e terá dito que só o deixaria fazer o funeral da minha avó. Depois vieram outros padres e a igreja tornou-se mais acolhedora.

Nos anos em que estava em Portugal, o “Tio padre” passava as férias de verão em nossa casa, o que me permitia fazer férias na praia “a sério” ao acompanhá-lo e também me ajudou a crescer na fé. Uma vez, estávamos no terraço, perguntei ao meu tio quantas ordens religiosas e movimentos existiam na igreja. Com um sorriso nos lábios e um apurado sentido de humor, respondeu-me “Olha, Carlos, são tantos que se diz que nem Deus sabe…”

Quando fiz 15 anos, num fim de semana de outono, o meu pai levou-me a um curso de animadores de jovens de um desses movimentos, a Acção Católica Rural (ACR). Tanto o meu pai como a minha mãe tinham feito parte da Juventude Agrária Católica nas freguesias de origem até se casarem.

Passados alguns meses após o curso, comecei um grupo de jovens na paróquia e integrei depois a Equipa Diocesana da ACR e a Equipa Nacional. Nunca fui a uma jornada mundial da juventude, mas durante cerca de 15 anos, em equipa, organizei acampamentos, Campos de férias, viagens, por exemplo à Expo98, convívios e momentos de oração e formação. A formação podia ser pontual ou organizada em encontros mensais na Escola Diocesana de Animadores da ACR, dinamizada pela Glória Costa, da qual recordo uma frase: “Sem um grupo és um órfão!”

Com o passar dos anos reduzi a minha participação ativa na ACR e envolvi-me em diversas associações agrícolas, para onde levei muito do que aprendi na ACR. Em grupo, tomámos posições, fizemos manifestações, organizamos viagens e momentos de formação.

Voltando às jornadas da juventude, todos os momentos extraordinários que vivemos e assistimos só foram possíveis com o trabalho de preparação e execução de milhares de grupos, nos países de origem dos peregrinos e em todas as dioceses de Portugal incluindo o grupo de amigos que levou o Lourenço e o levantou do chão para ver o papa. Sozinho, nenhum dos amigos o conseguiria levantar. São membros de um GRUPO, curiosamente chamado “Tudo à pressa” que organiza atividades e campos de férias.

A propósito da JMJ, da igreja e da religião, há muita gente que se afirma crente em Deus, mas vive a sua fé em privado e individualmente. É uma decisão livre que devo respeitar sem qualquer tipo de censura ou “olhar de cima”, mas tenho a obrigação de explicar, pelo meu testemunho, que em grupo organizado vamos mais longe, fazemos mais coisas e sentimo-nos mais apoiados. Na Igreja, no caminho de Fátima ou Santigado de Compostela, na atividade agrícola e na vida em geral, os grupos informais, associações, cooperativas exigem de nós um esforço de participação, um contributo com as nossas capacidades e a aceitação das opiniões dos outros, mas permitem-nos fazer mais, dar mais e receber mais. “Sozinhos vamos mais rápido, juntos vamos mais longe”.

Na Igreja há lugar para todos e há muitas opções diferentes, muitos grupos diferentes entre as ordens religiosas e movimentos de leigos que “são tantos que nem Deus sabe”. Há muitas opções para quem se quiser integrar. Em grupo a fé cresce mais. Em grupo temos oportunidade imediata de colocar em prática o “amor ao próximo”, o perdão e a ajuda. Há coisas que só alcançamos em grupo.

Escrito para o Mundo Rural de Setembro / Outubro de 2023



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publicado às 07:59

As minhas aventuras na produção de milho grão

por Carlos Neves, em 17.09.23

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Chove lá fora. Seria uma “bela” tarde de domingo se não houvesse ainda milho, uvas e outras colheitas para guardar, mas vou aproveitar este tempo livre para vos contar umas coisas, porque o milho deste ano dava um filme! O texto ficou mais comprido do que o costume, mas como hoje é domingo eu tive mais tempo para escrever e vocês tem mais tempo para ler.
Fiz as primeiras sementeiras das parcelas destinadas a milho grão entre 17 e 18 de abril, com um milho “ciclo 400” que permite uma produção razoável mas relativamente precoce. Esteve bom tempo. O milho nasceu bem e cresceu sem os ataques dos insetos do solo (roscas e alfinetes) que atacaram outras parcelas do milho para silagem semeado no início de maio.
Deixei para trás o “Campo da Bouça” (herdado do lado da minha mãe) que fica em Rio Mau, a 12 Km de distância. A estrada é boa e, se não houver engarrafamentos a passar Vila do Conde, a viagem faz-se em pouco mais de 20 minutos. Fui semear essa parcela na manhã de 28 de abril, antes de partir para a Ovibeja. Levei o semeador com um trator que tinha chegado da oficina poucos dias antes. Cheguei ao campo, liguei a tomada de força e desligou-se por erro no sensor de movimento. Tentei várias vezes. Tinha funcionado bem no dia anterior. Tentei o truque dos informáticos: desliguei o trator, esperei uns segundos e voltei a ligar. Igual. Liguei para o mecânico chefe da oficina. Ao contrário do habitual, não atendeu. Era quase meio-dia. Fui pedir emprestado um trator dos meus primos que habitam a casa dos meus avós maternos que fica ao lado do campo. Emprestaram-me o trator e ofereceram-me almoço, de que recordo umas entradas com alheira de javali, um queijo especial e uma sobremesa de salada de fruta com gelado (repeti a receita da sobremesa nos meses seguintes, sabe bem mas engorda…). Dias mais tarde, deixei o trator na oficina para reparar a avaria. Ligaram-me ao fim de 10 minutos. Problema resolvido, era só a ficha do sensor que tinha ficado mal ligada na reparação anterior e saiu com a vibração da viagem.
Fiz a sementeira no meio do pó mas cumpri um desejo de infância: conduzir um Massey Fergusson da série 300. Nós tínhamos e ainda temos um MF265 (sem sensores de movimento na tomada de força!!!). Ainda me lembro do cheiro a novo na garagem em dezembro de 1980, na altura era a marca mais vendida em Portugal e ainda me lembro quando foi lançada a nova série 300 e como sonhei que o meu pai comprasse um trator desses ou da série 3000, com cabine e ar condicionado. Quem está de fora não imagina como os miúdos filhos dos “lavradores” gostam da marca de tratores como se fosse o clube de futebol e sonham com um trator novo do último modelo. E os mais velhos também, porque a gente cresce (ou nunca cresce) e os brinquedos (tratores) também…
Metade dessa sementeira cresceu bem, a segunda metade correu mal, não por causa do almoço mas por causa de ter usado um saco de semente que sobrou do ano passado e já tinha menos capacidade de germinação. Noutros anos e com outras variedades correu bem, mas fica para aprender. Adiante. Semanas mais tarde, nesse e nos outros campos mais próximos fiz a “monda química” com herbicida, depois fiz a sacha com adubação, deixei a rega da maior parte desses terrenos por conta de S. Pedro (vantagem de semear cedo) e fiz rega gota a gota numa parcela arenosa que nada produz se não regar. Regularmente fui visitando os campos porque “o olho do dono engorda o boi”.
Tinha previsto fazer a colheita no final de setembro, como habitual, mas, com o milho silagem já guardado, fui ver os campos com mais atenção e apercebi-me que as espigas de milho grão no campo da “Bouça Aberta” já estavam dobradas para baixo. Colhi algumas espigas e liguei aos técnicos da União de Cooperativas. Estava com 18% de humidade. Noutras parcelas, 23%. Para conservar ou ser usado nas rações o milho deve estar a 14% de humidade, mas a colheita deve ser feita à volta dos 20%, para melhor rendimento da máquina sem desperdício de milho. Falei com os responsáveis do secador e agendei com o prestador de serviços a colheita para esta quinta-feira que passou, prevendo fazer o transporte com 2 tratores e reboques. No dia anterior fico a saber que a máquina tinha uma avaria impossível de reparar a tempo. Tínhamos dois dias de bom tempo pela frente antes da chuva prevista para sábado e do temporal deste domingo. Teimei. Foi quando publiquei um desenho sobre “Nunca se render”. Procurei uma segunda alternativa, não estava disponível. Procurei uma terceira opção, pessoa impecável e disponível que consegue atender o telefone numa debulhadora sem cabine mas o trabalho e as avarias não correram como o desejado. Falo com outra pessoa, tem a máquina avariada mas indica-me outro que poderá ter uma vaga. Não atendeu mas devolveu a chamada mais tarde. Bato a outra porta. Indicam-me outra pessoa. Não, afinal vendeu a máquina. Mas há outra possibilidade. Quinta-feira já estava perdida mas para sexta-feira consegui então duas máquinas que vinham fazer serviços próximos no início da manhã e podiam fazer-me o “jeito” a seguir. Que lhes ligasse às 10h, disseram-me. Preparei-me para ter duas máquinas a colher em simultâneo. Procurei transportadores com trator e reboque. Como seria de prever, estavam todos ocupados com silagens já marcadas. Pedi reboques emprestados aos amigos que não estavam a ensilar. O plano era colher de manhã e levar de tarde ao secador os reboques que ficassem cheios no outro campo. As máquinas atrasaram-se, como é normal nestas alturas. Enquanto esperava, fui tirando fotografias e incendiando as redes sociais com discussões sobre os reboques mais bonitos. Até parecia que os tinha comprado ou que estava a experimentar. Não, foram emprestados por amigos a quem fico eternamente grato.
A primeira máquina chegou finalmente por volta das 15h00. Às 15h10 avariou. Coisa simples, partiu o elo de ligação de uma corrente. Fomos à procura desse peça simples e barata (10 euros!) mas essencial. Na primeira oficina tinham quase igual, mas não servia. Encontrámos na segunda oficina (felizmente há aqui perto um lugar onde se vendem e reparam tratores e máquinas como se vende leitão na Bairrada, porta sim, porta sim). Voltámos ao trabalho. A segunda máquina chegou às 17h00 e começou a colher noutro campo. Levei o primeiro reboque ao secador ao fim da tarde. Uma máquina trabalhou até às 20h00 e ainda foi para outro lado continuar, a outra máquina andou até às 21h30. Não é fácil colher milho grão de noite com o orvalho.
Era meia-noite quando eu e o Hugo saímos da “Bouça Aberta” com os últimos reboques. Chegámos ao secador à uma da manhã, após uma viagem com o máximo cuidado nas rotunda e descidas e a velocidade possível nas subidas. Saímos meia hora depois com os reboques vazios, outro colega ainda na fila atrás de nós para descarregar e noticias de outra máquina ainda a colher no campo (ou a terminar uma reparação de avaria na oficina). Fizemos a viagem de regresso (40 minutos com o reboque vazio) debaixo da chuva que começou a cair, mais suave do que o previsto mas talvez suficiente para forçar os meus colegas a parar e descansar. O pessoal do secador trabalhou de “direta” até às 8h00.
Falta-me colher o campo que semeei mais tarde, mas consegui colher o milho que podia cair com o vento por estar demasiado maduro e outro que estava num campo ao pé do rio e a que só tinha acesso passando por outros campos que também são “lameiros” onde não podemos passar depois de chover muito.
Parece-vos extraordinário o que vos contei? São as peripécias normais da colheita do milho. É a vida normal de qualquer agricultor da minha dimensão e da minha região. Eu sou apenas um agricultor normal de tamanho médio, que procura seguir os melhores. Só me distingo por tirar umas fotos, fazer uns vídeos e gostar de escrever umas coisas, para que saibam como fazemos chegar a comida do prado ao prato e como dependemos do trabalho e boa vontade dos colegas, dos prestadores de serviços, dos mecânicos e de toda a gente que noite e dia põem o campo a mexer. Estou cansado. Foi uma semana do caraças!
#carlosnevesagricultor #milho #milhogrão

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publicado às 16:42

As nossas férias como agricultores

por Carlos Neves, em 13.09.23

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Durante a infância e juventude, o dia de aniversário da minha esposa coincidiu muitas vezes com os longos dias de silagem em que era preciso ajudar a família a espalhar a silagem de milho no silo de forma manual, com ganchos e forquilhas. Na minha casa era igual. Poucos anos antes de casarmos comecei a recorrer ao serviço de automotriz para cortar milho, o trabalho de espalhar ou "abrir" o silo passou a ser feito com trator, mas desde então surgiu a nova tarefa de preparar o almoço para a equipa que nos vem ajudar. Antes eram semanas de trabalho, agora é apenas um dia ou dois, mas por causa do clima, de avarias que atrasam, da maturação do milho ou da agenda apertada dos prestadores de serviços alguns dias de aniversário continuaram condicionados pela silagem. Este ano o aniversário coincidiu com um fim de semana e porque já tínhamos o silo fechado e os miúdos ainda não tinham aulas, aproveitámos para finalmente visitar a barragem do Alqueva, o maior lago artificial da Europa, passando no paredão e passeando de barco desde a praia fluvial de Monsaraz até à ilha dourada. Pelo caminho visitamos uma família amiga, e na cidade de Évora visitámos o Templo de Diana, Praça do Giraldo, Capela dos Ossos, a Igreja de S. Francisco, a colecção de presépios que alberga e subimos a torre da Sé Catedral. Passámos ainda no fluviário de Mora.
Partilho estas coisas porque são bonitas, porque merecem a vossa visita e partilho também para "desafiar" muitos colegas agricultores que têm limitações como nós e trabalham ainda mais do que nós, para se decidirem também a sair e descansar um pouco com a família. É possível, é muito importante, há muita coisa bonita para ver, o trabalho fica um pouco atrasado mas sabe melhor e rende mais quando voltamos.
#carlosnevesagricultor

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publicado às 07:15

Parabéns aos vencedores do concurso nacional da raça frísia

por Carlos Neves, em 03.09.23

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Ao fim da tarde, voltei à AgroSemana para ajudar a carregar as vitelas dos jovens manejadores no camião que as levou de volta a casa e pela primeira vez consegui ver e transmiti em directo a cerimónia de encerramento da feira.
Aproveitei dar um abraço ao António Pereira (Qualileite, Ovar) pela vaca vice-campeã e ao Eusébio Viana pela vaca campeã do concurso da raça Holstein Frísia (as vacas "turinas", malhadas pretas e brancas, às vezes vermelhas / castanhas).
Passei dezenas de vezes pelo meio das vacas do concurso estes dias e confesso que não olhei com atenção para as potenciais favoritas. Sou capaz de distinguir uma vaca com carácter leiteiro de uma raça com potencial de produção de carne mas não tenho o conhecimento apurado dos especialistas para distinguir entre as melhores vacas do concurso. Disseram-me que foi uma escolha correcta do juiz. Foi certamente um prémio duplamente merecido para o Eusébio, para a Ana Lúcia, para os dois filhos e para a Equipa que com eles veio fazer cerca de 600 km desde Odemira até ao Espaço Agros na Póvoa de Varzim, trazer 7 animais a concurso. Aliás, triplamente merecida porque é muito difícil ser produtor de leite em Odemira, com a falta de água face às necessidades da horticultura e outras atividades agrícolas com enorme importância económica e social na região. Conheço o Eusébio desde as lutas de origem da Aprolep em 2009. Comunicamos essencialmente à distância e encontram-nos poucas vezes, de tal modo que tem muito mais cabelo branco do que na última vez que nos encontramos. Espero que este prémio seja a recompensa merecida e uma ajuda para mais apoio e atenção aos produtores de leite do sudoeste alentejano. Parabéns!
#carlosnevesagricultor
#desconfinaraagricultura
#crónicasagrícolas
#dopradoaoprato
#agricultura
#agrosemana
#vacas
#holstein
#frisia

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publicado às 23:49

Concurso de jovens manejadores na agrosemana

por Carlos Neves, em 02.09.23

 

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Esteve aqui uma representação do futuro da produção de leite.

Daqui a dois anos, estas vitelas serão vacas adultas a produzir leite. 

Daqui a vinte anos, muitos destes miúdos estarão a assumir o futuro das quintas, vacarias, casas agrícolas ou "casas de lavoura". São o nosso pequeno tesouro. 

99% das empresas agrícolas dedicadas à produção de leite são detidas por famílias.Em 99,9% dos casos, é uma atividade passada entre gerações.

É muito difícil alguém vir de fora para o setor por causa dos custos do investimento inicial, do tempo necessário para o retorno desse investimento e porque a "capacidade de sacrifício", de aceitar o cheiro das vacas, os horários e imprevistos se aprendem mais facilmente desde o berço. 

Antes de chegarem a esta exibição, os "jovens manejadores" passaram semanas a lavar, preparar e treinar as suas vitelas. Um bom "treino" que os prepara para o futuro que os espera neste setor. 

Portugal tem a mais baixa taxa de jovens agricultores da Europa. Todos os anos 200 produtores abandonam o setor sem ter sucessores. Temos de pagar justo pelo leite e cuidar bem dos poucos que querem continuar. 

PS - Parabéns ao José Pedro Marinho Teixeira (de Amarante) que venceu o prémio de melhor manejador neste primeiro grupo dos mais novos. O Luís e a Estrelita portaram-se muito bem e ficaram em segundo lugar, tal com todos os outros meninos e vitelas. Correu tudo bem e ninguém se magoou, que é o mais importante.

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publicado às 19:53


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