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Per vitam ad sanitatem - Confraria Nacional do Leite

por Carlos Neves, em 22.10.22

 

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"Através da vida, pela saúde" é o lema da Confraria Nacional do Leite que hoje se reuniu em "capítulo de entronização" de novos confrades em Barcelos, o concelho com maior produção de leite do país. Como em todas as confrarias, o encontro anual, agora retomado após dois anos de pandemia, é momento de encontro entre as gentes que dedicam a sua vida à investigação, produção, transformação e comercialização de leite e produtos lácteos e que aqui renovam o seu compromisso de promover e defender este alimento. Leite é vida.

#carlosnevesagricultor

#leite

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publicado às 08:22

Porque se rega nas horas de maior calor?

por Carlos Neves, em 08.10.22

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Um amigo ficou sobressaltado ao ver “regas de jardins públicos ou campos agrícolas nas horas de maior calor”, convicto que “uma grande parte da água evapora antes de chegar ao solo”. “Porque não efetuam essas tarefas a outras horas?” Penso que é uma boa pergunta, que deve inquietar muita gente e aqui estou para responder. Da parte dos jardins públicos não quero falar, deixo para jardineiros e autarcas, sobre a rega de culturas agrícolas, como o milho, posso dizer alguma coisa.

Eu sou um dos agricultores que, às vezes, rega nas horas de maior calor e também nas horas mais frescas e nas horas de temperatura intermédia. Rego a qualquer hora, quando posso, se tiver água, conforme ela nasce nos poços, em períodos intermitentes, ao longo das 24 horas do dia. Há poços que dão meia dúzia de horas de água por dia (muito bom), outros apenas meia hora, mas não tenho capacidade de armazenamento para escolher regar apenas de noite, quando há menos evaporação. Tenho que aproveitar a água disponível. Só quando tenho excesso de vento é que me sinto obrigado a suspender as regas.

Em sentido oposto, noutros campos não rego. No caso de algumas parcelas não tenho água disponível, noutras não tenho eletricidade, noutros tenho tudo mas não tenho tempo para fazer o trabalho e em alguns casos específicos, os tradicionais “lameiros” não é preciso regar porque a terra tem humidade suficiente (no inverno costuma ter excesso, daí serem “lameiros”, com lama).

Quem tiver água armazenada, acesso ilimitado a um rio ou regadio e um sistema de rega sofisticado, pode programar a hora de rega. Quem tem de “mudar a rega”, afinar o aspersor e vigiar como corre, aproveitar a água disponível e estar atento para desligar o motor quando a água acaba, está limitado a fazer isso durante o dia, quando tem luz, e, por vezes, depois de ordenhar e alimentar as vacas, portanto, quando tem tempo. 

Entretanto, há novos fatores a ter em conta. Tradicionalmente, a eletricidade era mais barata de noite, altura de menos consumo, mas para quem tiver painéis solares a eletricidade é “grátis” durante o dia (ou será a única disponível). Reparem nisto: À medida que tivermos mais sistemas de energia solar a injetar eletricidade na rede poderemos ter de mudar o paradigma e aconselhar a rega nas horas de maior calor.

No caso do milho, os especialistas dizem que a rega por aspersão tem uma eficiência entre 85% a 90% durante o dia e 91% a 95% durante a noite. Portanto, 5 a 10% não é uma grande diferença nem é “uma grande parte da água”. 

É preciso ter em conta que o milho é uma planta muito interessante em termos de aproveitamento de água. Ao contrário de outras plantas, as folhas do milho conduzem a água até ao caule por onde desce para junto da sua raiz. Acresce que o milho não sofre por ser regado nas horas de maior calor, pode até agradecer o arrefecimento em dias de aquecimento excessivo, ao contrário de outras plantas. Não se pode generalizar, é preciso ver caso a caso, ouvir os especialistas, pesar os prós e contras de cada opção e decidir sem fundamentalismos.

#carlosnevesagricultor

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publicado às 22:05

Se um desconhecido lhe oferecer alcatrão, desconfie!

por Carlos Neves, em 02.10.22

Este semana, pela terceira vez, fui abordado por uma pessoa a falar inglês, com a seguinte conversa: “Estamos a fazer uma obra a 6 km daqui e vai sobrar algum alcatrão…” Não teve tempo de dizer mais, pois eu disse-lhe que não e foi à vida dele num carro branco que me pareceu um opel corsa de último modelo.

Nas outras vezes, em anos passados, também recusei a “oferta”, apesar de achar tentadora. Uma pessoa minha conhecida aceitou a proposta. Ouvi-o depois dizer que “é tudo aldrabice”. Muito recentemente, soube de outro caso: disseram que ia sobrar um pouco de alcatrão ao fim da tarde e faziam um preço barato. Vieram só no dia seguinte, com um camião inteiro e no fim faturaram mais área, mais espessura do que a realidade, passando fatura de uma empresa espanhola com IVA.

Quem quiser saber mais sobre isto tire uns minutos e pesquise notícias sobre “gang do alcatrão”. Vai encontrar notícias da prisão de um desses grupos, os comunicados de aviso da GNR, a notícia de que ameaçavam as vítimas com violência para cobrar mais do que o combinado. Repito aqui um texto importante:

"A GNR aconselha: se tiver conhecimento ou o contactarem para alcatroar ou fazer obras de melhoramento na sua habitação ou empresa, desconfie e contacte de imediato as autoridades.

Um grupo do crime organizado internacional, que atua por toda a Europa, sob o disfarce de uma empresa de aplicação de alcatrão, foi detetado a atuar em Portugal.

As vítimas são, habitualmente, pequenos empresários e proprietários de herdades que dispõem de locais por alcatroar ou com o piso alcatroado em más condições, designadamente estacionamentos ou acessos a casas ou empresas.

Os burlões aproveitam, na maior parte das vezes, a ausência dos proprietários, “invadem” habitações ou empresas, e, sem qualquer autorização, iniciam um trabalho de alcatroamento das entradas ou dos acessos às casas ou edifícios empresariais, disponibilizando serviços de pavimentação, com recurso a maquinaria, a custos reduzidos, com alcatrão excedente de obras anteriores, dispondo-se a cobrar apenas o valor da mão-de-obra.

No final da “obra” realizada, pedem quantias avultadas pelo serviço, exigindo o pagamento em dinheiro, na maioria das vezes ameaçando e intimidando as pessoas para pagarem a quantia e da forma exigida."

Já sabe: Se um desconhecido lhe oferecer alcatrão, não caia no impulso de aceitar. Partilhe esta informação para que todos se possam prevenir!

#carlosnevesagricultor

#gangdoalcatrao

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publicado às 08:42


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