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Livro na agrosemana

por Carlos Neves, em 31.08.22

 

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Passei a manhã e o início da tarde a ajudar um dos vizinhos que me ajuda, "acartando" silagem para a casa de lavoura onde funcionou o posto do leite de que falo no meu livro, na "história da produção de leite na minha família". Ao fim da tarde recolhemos as mangueiras da rega, as que levam a água dos poços até aos caminhos de rega onde colocamos os enroladores. É um trabalho cansativo mas consolador. Significa que a rega acabou e a colheita está próxima.
Antes disso, porém, temos a AgroSemana, que decorre no espaço Agros, junto ao cruzamento da A28 com a A7 e o acesso a Vila do Conde. Entre 1 e 4 de Setembro, podem visitar uma das maiores feiras agrícolas do país, ver os nossos animais que vão estar no concurso, máquinas agrícolas, gastronomia regional, música, Gincana de Tratores, workshops de queijo fresco e muito mais coisas, incluindo a #cãominhada onde a Lassie vai participar com mais de 1000 cães inscritos, o concurso de jovens manejadores, onde o Luís vai participar com a Ameixa e... encontrar o meu livro "DESCONFINAR A AGRICULTURA" com as histórias da produção de leite, do milho, das regas e tudo o resto das nossas vidas agrícolas, no pavilhão dos expositores cooperativos, no Stand da Escola Agrícola Cea Campo Verde. Estaremos por lá tanto tempo quanto possível. Até já!
#carlosnevesagricultor
#desconfinaraagricultura
#crónicasagrícolas
#dopradoaoprato
#agrosemana

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publicado às 23:42

Prestação de contas

por Carlos Neves, em 27.08.22

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Aqui venho prestar contas sobre o destino do resultado da venda do livro “Desconfinar a agricultura - Crónicas agrícolas do prado ao prato”. Já tinha anunciado que os lucros da publicação do livro seriam destinados em primeiro lugar à compra de rações para os pastores afetados pelos incêndios em Murça, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, através da Associação ANCRAS, em segundo lugar à “PORTA SOLIDÁRIA”, que fornece refeições aos sem abrigo e outros pobres na Cidade do Porto e, por último, mas de forma mais substancial, ao “BANCO DE LEITE”, Associação Amparo da criança, dirigida por Frei Fernando Ventura. É uma associação que procura dar resposta ao problema da carência alimentar e escassez de recursos no âmbito infantil, em Portugal e S. Tomé e Príncipe, com leite em pó, leite substitutivo de leite materno, farinhas lácteas, papas, fraldas e artigos de puericultura, material escolar e está a construir o lar de S. Francisco.

Foram assim os pagamentos efetuados: 200 euros de ração para cabras e ovelhas, 177 euros em leite para a Portal Solidária e 300 euros para o “Banco de Leite”. Eu tinha feito perguntas e tive referências positivas sobre a seriedade das pessoas envolvidas nas três organizações.

Uma breve explicação para estas escolhas: apoiar o “banco de leite” era a minha intenção inicial e um desejo que já vinha de trás, desde a altura em que fui surpreendido pela existência de uma associação focada em obter leite para alimentar as crianças numa altura em que era “moda” atacar o leite como alimento. 

Partilhando a ideia com uma pessoa amiga (de Lisboa, sublinho) tive como resposta a sugestão de também apoiar uma instituição local e a “Porta solidária” surgiu como opção natural pelo testemunho de pessoas que lá fazem regularmente voluntariado. Aproveitámos a viagem ao Porto por causa de levar os livros para a feira do livro (stand rota do livro), fomos a um supermercado, compramos leite e entregámos imediatamente na “Porta Solidária” da Igreja do Marquês. 

Mais recentemente, vi uma publicação / partilha da página “rebanhos + clima positivo” a pedir apoio para os pastores afetados pelos incêndios. De Murça sei que vem bom vinho, de Vila Pouca de Aguiar boas castanhas, mas Valpaços tem um significado diferente, porque era de lá natural um vizinho, o Sr. Luís, já falecido, que ajudou os meus pais nas horas vagas do seu trabalho na “emissora” (Posto emissor de rádio que existia entre Azurara e Árvore). Foi também a minha oportunidade de agradecer o seu trabalho e da sua família. De uma forma simbólica, espero que a minha pequena contribuição lembre a todos (governo, autarquias, sociedade em geral) que é urgente ajudar de imediato e acompanhar de forma continuada as vítimas dos incêndios, a gente que resiste no meio rural mais profundo.

P. S. Só é possível dar estas ajudas porque também tive ajudas na publicação do livro e houve quem comprasse o livro - eu sou apenas mensageiro a transmitir a vossa generosidade. 

#carlosnevesagricultor

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publicado às 11:00

Água, rega e seca

por Carlos Neves, em 26.08.22

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Eram horas de jantar e eu estava cansado. Cansado com o trabalho do dia e a rega dos últimos dois meses, Julho e Agosto. Num ano normal teria publicado a foto e perguntado na legenda se estavam cansados como eu. Não perguntei. Lembrei-me que podia ter como resposta “quem me dera ter água para me cansar a regar”. Tenho que dar graças.
Não estamos num ano normal, num ano daqueles com chuva no fim de agosto que nos permite parar de regar. Faltam duas semanas para ensilar o milho e ainda não posso desligar as regas. Há um campo arenoso que já costumava ser assim, eu até costumava dizer que só podia tirar a máquina de rega por um lado quando a máquina de ensilar entrava pelo outro, mas as restantes parcelas não eram assim.
Apesar de termos algumas pontas e margens mais secas, que não conseguimos regar quando necessário, temos tido sorte. Amigos e familiares nas redondezas já tem os poços secos, mas os nossos ainda tem água.
Dizem-nos que poderá ser o ano mais seco em 500 anos. Há seca nos Estados Unidos, Canadá, China. Nos rios da Europa já se veem as “pedras da fome”, aquelas que ficam à vista quando falta a água e significa que pode faltar a comida. Na França e na Inglaterra colheram-se campos de milho sem espiga. O Norte da Europa que gastava menos água porque não precisava de regar percebe agora porque temos de regar em Portugal e nos outros países do sul da Europa.
Fala-se em seca e fala-se nos consumos de água pela agricultura, mas a agricultura transforma água em comida. Querem comer ou ficar só com água? A água que não é usada pelas plantas ou animais evapora-se para a atmosfera ou infiltra-se na terra. A água que não vai nos alimentos (leite e carne) é excretada pelos animais, armazenada nas fossas e devolvida à terra. Os agricultores pagam pela água dos regadios, pagaram pelas captações que fizeram e pagam muito caro pela energia necessária para bombear a água de rega. Nenhum agricultor normal vai querer regar em excesso com os custos atuais. Teremos de procurar água, armazenar água, poupar água e, se necessário, estabelecer prioridades, mas não façam da água mais um tema de ataque contra os agricultores. Além da seca e da rega, também já estamos cansados desses ataques.
#carlosnevesagricultor

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publicado às 07:51

AGRADECIMENTOS E IMAGENS DA APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE CRÓNICAS AGRÍCOLAS

por Carlos Neves, em 22.08.22
MUITO OBRIGADO!
De coração cheio, agradeço aos que estiveram presentes na apresentação do livro "Desconfinar a agricultura" em Vila do Conde; aos que telefonaram, mandaram mensagens, aos que já compraram o livro, aos que vão comprar e sobretudo a todos os que tornaram possível este livro e esta apresentação!
Um agradecimento particular à Câmara Municipal de Vila do Conde, na pessoa do Vereador da Cultura, Dr. Paulo Vasques e à organização da Feira de Gastronomia de Vila do Conde, através dos Drs. Saraiva Dias e Carlos Laranja, pela cedência do espaço para a apresentação.
Apresento de seguida foto da mesa (João Villalobos, Arlindo Cunha, Carlos Neves e Ana Marques) e dos amigos presentes.
 
COMO COMPRAR O LIVRO?
 
Na feira de Gastronomia de Vila do Conde até 18 de agosto
Na Papelaria / Bazar TicoTico em Vila do Conde (Centro Comercial Alameda)
Por encomenda diretamente ao autor, através de e-mail para carloneves74@sapo.pt
Carlos Neves
 

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Para ver o álbum completo com todas as imagens, clique aqui:

https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid0CC38S7gYzGeksTzfWKFVHEab1KvKyEv7DJ538LLp6KHyXMSB9bKixi1kc4ncFuuCl&id=100063587865821

 

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publicado às 00:17

DESCONFINAR A AGRICULTURA - Livro

por Carlos Neves, em 18.08.22

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“DESCONFINAR A AGRICULTURA | Crónicas agrícolas - do prado ao prato”, de Carlos Neves, agricultor, foi apresentado publicamente a 20 de agosto por  Arlindo Cunha, ex-ministro da agricultura, Ana Trocado Marques, jornalista e João Villalobos, consultor de comunicação.
O livro é uma seleção de alguns textos do blog “Carlos Neves Agricultor” e da página do Facebook com o mesmo nome, publicados ao longo de dois anos, entre o outono de 2019 e o verão de 2021. Inclui ainda, a título póstumo, textos inéditos do pai do autor, Manuel da Silva Neves e do filho mais velho, Pedro Neves. As crónicas estão agrupadas nos capítulos “agricultura e família”, “cultivando os campos”, “milho”, “vacas e leite”, “máquinas e tratores”, segurança no trabalho”, “ambiente”, “vida associativa” e “temas diversos”.
Em jeito de prefácio, o livro conta com o comentário de três ex-ministros da agricultura, Assunção Cristas, António Serrano e Arlindo Cunha, que descrevem assim esta obra:
“Carlos Neves tem procurado ao longo dos anos fazer um enorme esforço de conciliação da sua atividade de agricultor, com a sua família, com a atividade associativa e ainda com uma presença diária nas redes sociais, revistas e diversos outros meios de comunicação, falando de Agricultura. Neste livro sistematiza e organiza em diversos capítulos as suas histórias de Agricultor, sempre com uma perspetiva didática, explicativa sobre os mais diversos temas associados à sua atividade.” (António Serrano)
“Nestas crónicas, escritas numa linguagem simples, mas elegante e apelativa, aborda, essencialmente, as vivências quotidianas de um agricultor do seu tempo e do seu meio. Sublinho três: Uma vivência pessoal, um testemunho objetivo de um agricultor tecnicamente preparado para a profissão que conscientemente escolheu e uma vivência de comunicador e pedagogo.” (Arlindo Cunha)
“Ao juntar as suas crónicas neste livro, Carlos Neves faz exatamente aquilo em que acredita: tece mais uns fios na história, na sua história, que também é, de alguma forma, a história de todos nós. Com este relato das suas vivências, filtrado por um olhar atento e sensível, assegura uma passagem ininterrupta para as gerações que se seguem. E mostra como a agricultura é um espaço privilegiado para a realização profunda da humanidade.” (Assunção Cristas)
Os lucros da publicação do livro foram destinados em primeiro lugar à compra de rações para os pastores afetados pelos incêndios em Murça, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar, através da Associação ANCRAS, em segundo lugar à “PORTA SOLIDÁRIA”, que fornece refeições aos sem abrigo e outros pobres na Cidade do Porto e, por último mas de forma mais substancial, ao “BANCO DE LEITE”, Associação Amparo da Criança – Associação de Solidariedade Social, IPSS, dirigida por Frei Fernando Ventura (www.bancodeleite.pt). É uma associação que procura dar resposta ao problema da carência alimentar e escassez de recursos no âmbito infantil, em Portugal e S. Tomé e Príncipe, com leite em pó, leite substitutivo de leite materno, farinhas lácteas, papas, fraldas e artigos de puericultura e material escolar.
O livro estará à venda diretamente pelo autor através do e-mail carlosneves74@sapo.pt e noutros locais que serão anunciados nas suas redes sociais. 

Sobre o autor:
Carlos Neves nasceu em 1974. Cresceu, vive e trabalha em Árvore, Vila do Conde. É Técnico de Gestão Agrícola formado pela Casa-Escola Agrícola Campo Verde (Rates - Póvoa de Varzim) e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Aberta. É casado com a Carina e pai do Pedro e do Luís. Cultiva os campos para alimentar as vacas e cria vacas leiteiras para alimentar os portugueses. Tem como paixões o associativismo e a comunicação. Escreve regularmente na revista “Mundo Rural”, em meios de comunicação social, no seu blog e diariamente no Facebook e Instagram sob o nome “Carlos Neves Agricultor”.

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publicado às 13:52

Desconfinar a agricultura - crónicas agrícolas do prado ao prato

por Carlos Neves, em 05.08.22

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 O livro “DESCONFINAR A AGRICULTURA | Crónicas agrícolas - do prado ao prato” está quase pronto e será apresentado no próximo dia 20 de agosto, sábado, a partir das 15 horas, na Feira de Gastronomia de Vila do Conde, com entrada livre. É baseado numa seleção dos textos que escrevi e publiquei no blog “Carlos Neves Agricultor” entre o Outono de 2019 e o verão de 2021 e tem mais algumas surpresas.

“Desconfinar”, porquê? Porque a agricultura e os agricultores, em termos de comunicação, estão “confinados” nos campos remotos, nas cabines dos tratores e máquinas agrícolas, nos estábulos e estufas, nas casas de lavoura à moda antiga, na moderna academia agrícola ou agrupados pelos algoritmos nas redes sociais do século XXI.

A publicação deste livro é o meu contributo para o setor agrícola sair da “bolha” em que está habitualmente e comunicar com a sociedade. Passar do digital para o papel. Sair das redes sociais e chegar um pouco mais longe. 

O livro será apresentado por Arlindo Cunha (Ex-ministro da agricultura), Ana Trocado Marques (jornalista) e João Villalobos (consultor de comunicação). Mais novidades nos próximos dias.

#carlosnevesagricultor 

 

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publicado às 00:46

Luzerna

por Carlos Neves, em 02.08.22

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A luzerna é uma planta fantástica!
Não foi à toa que lhe chamaram a rainha das forragens. Estamos a 2 de Agosto, não chove há mais de um mês, o solo está seco, estas parcelas não são regadas, as infestantes concorrentes estão secas, não são terrenos frescos ao pé do rio, mas são solos profundos. A luzerna, sendo uma cultura que fica na terra ao longo de vários anos, vai desenvolvendo a raiz em profundidade (já ouvi falar em 10 metros, não sei exatamente o seu recorde) e vai captando o azoto da atmosfera através da simbiose com o rizobium nas suas raízes. Não podemos dizer que é uma cultura sem água, porque todas as plantas precisam de água e utilizam água, mas é uma planta muito poupadinha em termos energéticos, considerando a energia que seria necessária para bombear a água de rega e para captar e sintetizar o azoto nas fábricas de fertilizantes através do processo Haber-Bosch. Semeia-se de preferência na Primavera e fica vários anos a produzir. Os primeiros cortes têm a concorrência de muitas infestantes, uma coisa que ajuda é juntar aveia para o primeiro corte, depois ao fim de vários cortes a concorrência desiste e a luzerna fica só. O mais importante é evitar terrenos que encharcam no inverno, porque aí a luzerna morre.
#carlosnevesagricultor

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publicado às 16:15


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